segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Na continuação do post anterior, mostro um bocadinho do que os Portugueses escolheram para PM

... retirado do mail do meu grande amigo RF. (excepto as partes a rosa)

Liberalização da propriedade da farmácia e permissão de venda de MNSRM fora das farmácias sem ser necessário estar presente qualquer tipo de pessoa qualificada para a dispensa. É perfeitamente inadmissível a dispensa de medicamentos por pessoas que não têm a mínima noção do que se trata. Em muitos hipermercados, nos chamados espaços de saúde, houve apenas uma mudança de uma funcionária da caixa para o balcão desse dito espaço e em alguns, o espaço de saúde é apenas uma vitrine por detrás de uma das caixas. Isto é uma humilhação para os farmacêuticos, que passam 6 anos a estudar para depois verem o seu principal objecto de estudo, o medicamento, ser tratado como uma simples mercadoria.

Já sem falar na questão de para um jovem farmacêutico ser praticamente impossível pensar adquirir uma farmácia, a menos que sejamos ricos, tal como a  nossa querida mandataria da juventude. Não estou a ver-me a competir com o Belmiro de Azevedo num concurso público para a aquisição de uma nova farmácia.


O governo desculpou-se com o facto da UE assim o exigir, o que já foi provado ser mentira, pois em outras países da UE esta medida não foi implementada por pressão dos seus governos, e recentemente um parecer do tribunal europeu veio dar razão a estes países, que advogaram a defesa da saúde pública para a não implementação desta medida.
Por cá, o nosso governo limitou-se a apressar esta acção, provavelmente devido ao facto de querer agradar ao Belmiro de Azevedo e outros grandes empresários, aos quais só faltava mesmo os medicamentos para agora terem tudo dentro dos seus hipermercados.

Aumento da idade da reforma para os 67 anos. Segundo o nosso 1º ministro existiria uma necessidade de uma reforma para assegurar a continuidade da segurança social, sob pena de esta se extinguir. E eu pergunto: não haveria outra forma? Porquê penalizar as pessoas que se vão reformar? Ao aumentar a idade da reforma o governo torna claro que não quer dar aos portugueses o direito de receber a totalidade do valor que têm direito e para o qual descontaram durante uma vida. E porquê?

E nisto tenho um exemplo lá em casa: estão a ver a minha mãe dar aulas com 65 anos a crianças com 6???? Acham isso racional para as crianças e para os professores? É este ensino de merda que queremos?

 
Para poupar dinheiro nas reformas e ir distribuí-lo aos preguiçosos que vivem do Rendimento Social de Inserção, que abusam do fundo de desemprego e outros subsidios afins. Isto é outro escândalo. Conseguem imaginar a quantidade de pessoas que vão ter de trabalhar mais 2 anos, depois de uma vida inteira de trabalho, pois se não o fizerem ocorre uma penalização nas reformas, que já de si são tão baixas? Pensem nisso...

A questão da educação. O novo estatuto do aluno, o alargamento da escolaridade obrigatória até ao 12º ano e a avaliação dos professores são uma palhaçada. Os alunos devem ter os seus direitos e as suas obrigações, mas não devem existir facilitismos. A escolariedade obrigatória até ao 12º irá conduzir ao mesmo modelo que actualmente temos no ensino básico, isto é, "até ao 9º ano quase toda a gente passa". Isto vai provocar o colapso do ensino superior, porque quase toda a gente irá agora entrar para a faculdade, sem nenhuma capacidade, sem nenhum conhecimento. As universidades irão baixar as suas fasquias de avaliação, uma vez que se não o fizerem irão ter alunos a tentar concluir o curso durante 10 ou 15 anos. E aqueles que realmente merecem sairão da faculdade a saber muito pouco, uma vez que terão o mesmo ritmo dos outros.

A avaliação dos professores deve basear-se no rigor e na exigência que farão dos alunos profissionais preparados e competentes em Portugal e no estrangeiro. Não se deve dizer aos professores que são bons se "passarem muitos alunos", só para estarmos bem nas estatísticas.

Entre outros...