sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Dia 2 - Veneza

A Desilusão

É verdade meus queridos… a desilusão. Nada em Itália me desiludiu mais do que Veneza. Bom, talvez até esteja a exagerar, porque se calhar pus as expectativas altas demais e terá sido esse o problema. Eu sei que realmente é uma cidade única, porque é das únicas do mundo construída sobre a água, com talos de madeira e barro que a suportam, é bonita, mas não é esplendorosa. Não é uma Paris. Não é nem mesmo uma Roma. Mas, claro, esta é a minha humilde opinião. Talvez quando lá voltar, ou se lá voltar, mude de opinião.
A praça de São Marcos é bonita, mas… sei lá…não sei explicar. Talvez tenha sido do calor tremendo e dos milhares de pessoas que lá estavam (bem dizia o meu pai, respiramos à vez senão não há ar para todos), mas não consigo sentir euforia nas recordações de Veneza. Se calhar, porque a saudade falou mais alto, mas isso foi uma constante em toda a viagem, mas é certo que em Veneza, a saudade dói mais.
A viagem de barco ate lá foi bastante agradável, não enjoei ao contrário do que costuma acontecer, aliás não enjoei em nenhuma viagem de barco, portanto temos um trauma ultrapassado!
Andamos de gôndola, uma passeio curtinho, mas que chegou, pois a modos que digamos, que ia um cadinho aterrada com o abananço daquilo, pois a Lebasi sabe nadar tão bem como uma pedra. E digamos que também o cheirinho daqueles canais não dava grande vontade de uma banhoca.
Na parte da manhã visitámos ainda a fábrica do vidro de Murano. Vimos uma demonstração da moldagem do vidro para fazer uma peça deste vidro, à qual a minha mãe se vira e diz que aquilo ela já tinha visto há muitos anos na fábrica da Marinha Grande; não sei se será bem assim, mas se a minha mãe o diz, que sou eu para a contrariar. Só sei que neste vidro, um solitário do tamanho do meu dedo custa 35 euros, de ser por ser feito em Veneza e levar taxa por isso só pode, eheheh. E tivemos uma “guia”/ vendedora brasileira que ia dizendo os preços das peças que ia mostrando, do género: “olhem para este conjunto, são apenas 70 euros!!!! É um desconto extraordinário”. Ora, éramos todos portugueses, por isso, lisos, como é normal e fazíamos todos uns sorrisos amarelos consoante ela ia falando, tanto que chegou uma altura que ela disse: “Vocês não são muito divertidos pois não?”. Está se a perceber que para esta senhora ser divertido é ter dinheiro. Foi mesmo giríssimo.
Fui à catedral de São Marcos e ao museu de Veneza. Digamos que na Itália, supostamente o país mais religioso do mundo, existem certas regras na entrada nas igrejas: nada de calção ou saia acima do joelho, nada de decotes nem cavas, nem alças, nada. Tudo muito bem tapadinho. O interessante é ver a hipocrisia desta medida, uma vez que houve poucas igrejas onde eu entrasse que não estivesse uma barulheira no seu interior e as pessoas actuassem como se estivessem num café…coisa triste. Não há o mínimo de respeito pela oração.
Almoçamos e jantamos em Veneza. À noite é realmente bonita. Tenho pena de não ter ficado mais tempo à noite, podia ser que tivesse mudado de opinião.
Nada mais a registar.





Praça de São Marcos


Praça de São Marcos


Viagem de gôndula

Um comentário:

Anônimo disse...

A saudade apertou como nunca nestes dias... Saudade que ainda se sente quando ainda estás longe!
Sinto-te longe de mim, quero moldar o meu dia com o teu, saborear o teu beijo ao pequeno almoço, viver o dia com paixão. Sei que nada somos quando estamos sós, mas eu quando estou sem ti doi o peito, até respirar tem preconceito!
Tu sabes o sentimento, Tu sabe-lo melhor que eu, sabes se o sentires também... eu sinto a tua falta!

Hugo Vizinha Silva