Este expressão saída da boca de uma das minhas amigas que foi este ano ao meu jantar de anos. E apesar de na altura só termos levado para o lado mal da coisa, a verdade é que ela tem uma certa razão. Ao longo dos meu 24 anos de vida, nunca exactamente as mesmas pessoas estiveram no meu jantar de anos, e quem diz no jantar de anos, diz presente na minha vida. Vão agora vocês dizer-me que isso é tudo normal, que as pessoas evoluem, uma altura estão mais juntas de umas que de outras, que isso é mesmo assim. Mas essa evolução é que é interessante de acompanhar e, perceber quem, no final de tudo, se manteve ao longo dos anos.
Por isso é que eu costumo dizer que existem vários tipos de amigos: os colegas, os amigos da altura, os amigos e "aqueles amigos".
Os colegas: são aquelas pessoas que não estão praticamente presentes na nossa vida, mas com quem nos damos bem e gostamos de falar de vez em quando.
Os amigos da altura, são as pessoas com quem nos damos muito muito bem numa determinada altura mas depois pelas circunstâncias da vida nos afastamos e nunca mais sabemos deles.
O amigos são aqueles amigos que já temos há algum tempo e que achamos que realmente gostam de nós, mas que não temos a certeza que se acontecer alguma coisa, eles estarão lá para nós e se nos vão apoiar quando precisamos. Não sabemos se um dia simplesmente eles fingem que não sabem mais quem nós somos e pronto.
Depois.... há aqueles amigos. Aqueles que nunca são mais de 5 ou seis a vida toda. Aqueles que não importa o que aconteça nas nossas vidas pelo meio, não importa o quanto tempo nós estamos separados e mesmo sem falar, sabemos que aquelas pessoas vão estar sempre ali, de coração aberto. Até não precisa de ser um amigo de longa data, essas coisas percebem-se mal conheçemos a pessoa. Aquelas pessoas que quando falam conosco imediatamente se apercebem o que se passa na nossa cabeça, aquelas pessoas com quem temos recordações que marcam uma vida. Aquelas pessoas que nos põem sempre um sorriso na cara mesmo no pior dia.
Graça a Deus não tenho muitos, mas tenho alguns (poucos) assim. Já levei facadas nas costas de muita gente. Já fiz coisas a muita gente que depois me pisaram e se revelaram ser diferentes do que esperava. Já tive muitas desilusões com pessoas que julgava serem realmente minhas amigas. E no final sobraram muito poucos. Mas sei que, daqui a 10 anos, esses vão cá continuar. E daqui a 20. E a 30. Poucos muito poucos, mas como numa festa, tal como se costuma dizer, só fazem falta os que cá estão.